Hoje, na MotoGP, vimos, mais uma
vez, um deplorável jogo de equipes, à semelhança do que já é corriqueiro na Fórmula
1.
O espanhol Dani Pedrosa tinha
tudo para passar seu companheiro na equipe Repsol/Honda Casey Stoner, mas ficou comportadinho em
terceiro lugar, visto que o australiano é o principal adversário de Jorge
Lorenzo, da Yamaha, na luta pelo título da principal categoria do motociclismo
mundial.
Nos últimos anos, vimos esse filme
várias vezes na Fórmula 1, com Rubinho/Schumacher, Massa/Schumacher, Massa/Alonso e até
Nelsinho/Alonso, no episódio mais escabroso, em que o brasileiro jogou seu
carro contra o muro para favorecer o espanhol.
Tudo bem que a causa primária dessa
subserviência é a clara inferioridade técnica daquele que faz o jogo de equipe
em prol do companheiro. No entanto, isso tira a lisura do esporte e mostra que
os campeonatos são das máquinas, e não das pessoas.
Em 2010 a Red Bull não fez parte
desse jogo. Mark Webber brigava ponto a ponto com Fernando Alonso pelo título mundial,
bem à frente de Sebastian Vettel, e a equipe liberou seus pilotos para brigar
livremente na pista. Resultado: Vettel superou os dois e levou o título. Não se
sabe se a postura da Red Bull foi motivada pela ética ou pela consciência de
que Webber não tinha pegada para ser campeão.
Bom, voltando à corrida de hoje,
mesmo com a ajuda de Pedrosa, parece difícil que Stoner, no ano de sua
aposentadoria, consiga o título mundial, pois Jorge Lorenzo anda atropelando. Já
seu companheiro de equipe, o americano Ben Spies... sei não... Tenho a
impressão de que até a minha sogra, com aquela máquina, conseguiria melhores
resultados...