O passado |
Entre as décadas 1990 e 2000 o
São Paulo foi, indiscutivelmente, o maior clube de futebol do país. Tri-campeão
mundial interclubes – batendo os poderosos Barcelona, Milan e Liverpool –
títiulos nacionais em sequência e, principalmente, uma administração séria, com
salários sempre em dia, treinadores com tranquilidade para trabalhar e uma
infraestrutura no nível dos grandes clubes europeus.
Aidar: o todo-poderoso |
Pois bem. Isso tudo caiu por
terra.
O tricolor paulista é, hoje, uma
miniatura de CBF – e do próprio país, podemos assim dizer. Corrupção,
agressões, atraso de salários e uma série de episódios rumorosos.
Ataíde: o MMA |
Esta semana, o vice Ataíde Gil
Guerreiro acertou, literalmente, um direto de direita no chefe, o presidente
Carlos Miguel Aidar, que foi ao chão durante o café da manhã em um grande hotel
da capital paulista, numa cena típica de UFC. Aidar, aliás, está de saída. Já
vai tarde.
Cinira: a primeira-dama |
Em todos os negócios recentes do
São Paulo aparece a figura de Cinira Maturana, a primeira dama, namorada do
presidente, que teria recebido, inclusive, uma polpuda comissão da nova
fornecedora de materiais esportivos do clube, a Under Armour.
Osório: o ex |
O São Paulo se desfez de vários
jogadores para pagar dívidas, e acaba de perder também o promissor técnico
colombiano Juán Carlos Osório, que encheu o saco e se mandou para o México,
onde irá dirigir a seleção nacional.
Dentre outros espisódios
sombrios, destaque para a transação envolvendo o zagueiro Maidana. Pelo nome,
pode-se imaginar que se trata de um jogador que atua em alguma seleção
estrangeira, quem sabe no Uruguai.
Maidana: o rolo |
Não. Iago Maidana é um jovem
gaúcho de 19 anos, que jogava no Criciúma e foi contratado por uma empresa chamada
Itaquerão Soccer. Isso mesmo: Itaquerão Soccer. Mas as bizarrices não param por
aí. A Itaquerão pagou R$ 800 mil reais pela jovem promessa e o repassou ao
Monte Cristo.
Não. Monte Cristo não é nenhum
clube mexicano. É uma equipe goiana, que manda seus jogos num estádio com
capacidade para 2.000 sofredores, já fechou as portas algumas vezes por rolos
com a federação estadual e atualmente disputa a terceira divisão de Goiás.
Pois bem. O jovem gaúcho passou dois meses em Goiânia – se é que esteve lá alguma vez – e há algumas semanas foi contratado pelo (ex) poderoso São Paulo, que pagou cerca de R$ 2 milhões, por parte de seu passe.
Parece ser o exemplo vivo daquela
piada, em que você compra alguém pelo que joga, vende pelo que ele acha que
joga e embolsa uma fortuna pela diferença.
Pobre tricolor. Pobre futebol
brasileiro. 7 a 1 foi pouco...