sábado, 11 de outubro de 2014

Dunga 7 x 1 Felipão

Em termos de comportamento, Dunga – que normalmente está mais pra Zangado – não é um cara dos mais humildes, embora tenha baixado bastante a bola em relação à sua primeira passagem pela seleção.

Taticamente, no entanto, o contestado treinador, que também não é lá um exemplo de modernidade, reconhecendo que não temos mais a grande seleção que a Globo teima em propalar, escalou um time fechado para enfrentar a Argentina. Um meio-campo formado por Luiz Gustavo, Elias e William não está exatamente à altura da nossa história.

Se temos um Neymar para fazer sombra ao Messi, não há o talento de um Di María mais atrás, para armar as jogadas. E pra ganhar dos grandes, atualmente, o Brasil precisa ter humildade e reconhecer que hoje somos inferiores tecnicamente a umas três ou quatro seleções.

Na Copa, Felipão escalou Bernard no lugar do nosso maior astro, contundido, sob a alegação de que o “menino com alegria nas pernas” estava acostumado a incendiar o Mineirão. O Brasil tomou um vareio da Alemanha. Sete foi pouco, se considerarmos que aos trinta do primeiro já estava 5 a 0 e o zagueiro David Luiz corria feito um alucinado no ataque.

Neste sábado de manhã, na China, o Brasil aceitou a maior posse de bola dos rivais, Tardelli fez dois – um pelo Fred e outro pelo Jô – Jeferson fechou o gol, o Brasil ganhou o Superclasico de Las Americas e recuperou um pouco do respeito e da autoestima perdidos após a tragédia da Copa.