Tem
gente que diz que brasileiro não gosta de esporte, gosta mesmo é de
ganhar. Exageros à parte, não há dúvida de que a Fórmula 1 dos
tempos atuais não tem, para a torcida tupiniquim, o glamour da era
Ayrton Senna e Nelson Piquet. Nem poderia ser diferente.
Mesmo
assim, a velocidade ainda tem muitos adeptos por aqui, notadamente em
Brasília. O
último final de semana marcou o retorno da Fórmula 1, com o
primeiro Grande Prêmio da temporada, na terra dos cangurus.
Como
é de praxe, chegou a hora das previsões dos futurólogos de
plantão.
Vettel
e Alonso são os favoritos de sempre. O espanhol mais do que nunca,
até porque a Ferrari se mostra bem mais confiável do que nas
últimas temporadas.
Alonso,
Raikkonen e Vettel
Massa
mostrou uma grande evolução, principalmente no que diz respeito à
confiança. Largou à frente de Alonso, segurou o espanhol na largada
e manteve-se na dianteira até o segundo pitstop. Já foi um grande
feito, mas insuficiente para se imaginar alguma disputa com o
Príncipe das Astúrias, que é o melhor piloto da categoria e tem
todo o time trabalhando a seu favor. O brasileiro é o fiel
escudeiro, e ponto.
Felipe,
aliás, fez declarações lamentando erro de estratégia que o fez
perder algumas posições. Ou seja, mais do mesmo. Se o quarto lugar
obtido na primeira prova se repetir algumas vezes, intercalado com um
ou outro pódio, a temporada de Massa já terá valido a pena e ele
poderá sonhar com uma renovação contratual para 2014.
A
Mercedes está muito rápida, mas seus carros carecem de
durabilidade. Hamilton só não deve estar arrependido pela troca de
escuderia porque o início da Mclaren também não é dos mais
promissores.
A
dupla Lotus/Raikkonen, que já deu trabalho em 2012, voltou ainda
mais consistente , e promete dar muito trabalho aos favoritos. O
Homem de Gelo declarou que sua vitória na corrida da Austrália foi
a mais fácil da carreira.
Numa
temporada carente de brasileiros – o patrocinador do talentoso Luís
Razia não pagou a conta e sua escuderia, a pequena Marussia, demitiu
o baiano – resta torcer para que Felipe Massa não repita o fiasco
das últimas temporadas, e que o título seja decidido mais uma vez
em Interlagos. Vale lembrar que a última vez em que o Brasil teve
apenas um representante na categoria foi há longos trinta e cinco
anos.
Já
neste domingo, 24, tem mais, com o GP da Malásia. E haja
despertador, até porque as quatro primeiras provas são do outro
lado do mundo – a primeira na Oceania e as três seguintes na Ásia
– o que requer muita disposição para quem quiser acompanhar as
provas ao vivo.
E tem Massa na primeira fila!