domingo, 23 de março de 2014

MotoGP: Brasília fora

 
Lorenzo e Rossi: Ex-campeões à caça do fenômeno Marc Márquez

Há poucos dias foi confirmada a etapa da Fórmula Indy 2015 em Brasília. É mais um grande evento que consolida a importância da capital federal como polo esportivo do país.

No entanto, não devemos esquecer que, em agosto do ano passado, o Governador Agnelo divulgou com o mesmo estardalhaço a realização de uma  etapa do Mundial de MotoGP 2014 também em Brasília. E voltou atrás, visto que o autódromo Nelson Piquet não receberá as reformas necessárias até o segundo semestre deste ano.

A Indy é um grande espetáculo, mas em termos de emoção, não chega perto da motovelocidade. Neste domingo, no Catar, ocorreu a abertura do campeonato, com três provas: Moto 3 (com participação pífia do brasileiro Éric Granado), Moto 2 e Moto GP.

O atual campeão, Marc Márquez, confirmou o favoritismo na categoria principal, vencendo a prova, apenas dois décimos de segundo à frente do veterano heptacampeão, “The Doctor” Valentino Rossi.

Este ano, o mundial de motovelocidade promete ser bem mais equilibrado, pois o regulamento implementou várias regras que nivelam as duas principais equipes de fábrica – Honda e Yamaha – às chamadas satélites, que têm equipamento e orçamento bem inferior.

O que se viu, mais uma vez, foi um show de ultrapassagens, quedas e disputas, ao contrário das sonolentas disputas das principais categorias do automobilismo.

Para os aficionados, segue o calendário com as próximas provas do mundial de motociclismo, que é transmitido pelo canal fechado Sportv:
  • 13/04 – Austin (EUA)
  • 27/04 – Termas de Rio Hondo (Argentina)
  • 04/05 – Jerez (Espanha)
  • 18/05 – Le Mans (França)
  • 01/06 – Mugello (Itália)
  • 15/06 – Catalunya (Espanha)
  • 28/06 – Assen (Holanda)
  • 13/07 – Sachsenring (Alemanha)
  • 10/08 – Indianápolis (EUA)
  • 17/08 – Brno (República Tcheca)
  • 31/08 – Silverstone (Inglaterra)
  • 14/09 – Misano (San Marino)
  • 28/09 – Aragón (Espanha)
  • 12/10 – Motegi (Japão)
  • 19/10 – Phillip Island (Austrália)
  • 26/10 – Sepang (Malásia)
  • 09/11 – Valencia (Espanha)





domingo, 16 de março de 2014

Gafes e Patriotadas

Barrichello e Galvão: Que dupla! (Foto: UOL)
Nossa mídia esportiva continua a mesma... Patriotadas e gafes a todo instante.

Sábado à noite, durante a decisão do Masters 1000 de Indian Wells, o narrador do SporTV dispara:
- Excelente notícia para o esporte brasileiro! Felipe Massa larga na pole no Grande Prêmio da Austrália deste domingo!

Bem, os treinos de classificação haviam ocorrido quase 20 horas antes dessa pérola. Constrangido, alguns minutos depois o narrador retifica a informação: Felipe largaria na nona posição.

Para uma emissora que vive exclusivamente do esporte, que transmite esporte 72 horas por dia (afinal, são 3 canais), essa gafe é imperdoável.

Massa, além de não ser nenhum Senna ou  Piquet - imagem que a Globo tentou inutilmente construir – também é azarado. Sua corrida durou apenas até a primeira curva, após ser atropelado pelo desastrado japonês Kobayashi.

Massa: estréia infeliz (Foto: Reuters/Jason Reed)
Galvão Bueno, claro, também não podia passar batido: quando Kobayashi arranjou, com muita grana de patrocínio, uma vaguinha na Caterham na temporada de 2014, o narrador que todos adoram odiar comemorou, exaltando a simpatia de Koba, como se a F1 fosse um concurso de miss. Quando ele tirou Massa (e, portanto, audiência) da corrida, Galvão praticamente surtou.

Voltando ao tênis, manchete do UOL:  “Soares vira 5° brasileiro a vencer Federer e tenta 2ª taça em Masters 1000”.

Os desavisados poderiam imaginar o surgimento de um novo Guga. No entanto, a notícia foi totalmente fora do contexto.

O jogo foi de duplas. Quem conhece um pouquinho de tênis, sabe que se trata praticamente de um outro esporte. Os fundamentos são muito diferentes.

Nas duplas, os papéis se invertem: Bruno Soares é um atleta respeitado, e há muito tempo está nas cabeças do ranking da ATP. Atualmente, juntamente com o austríaco Alexander Peya, é o número 2 do mundo, atrás apenas dos irmãos americanos Bryan. Outro brasileiro, Marcelo Melo, é o número 3.

Soares (à direita): O Brasil no topo (Foto: EFE/Michael Nelson)
Federer não está ranqueado nem entre os 100 primeiros, pois não costuma jogar duplas. Possivelmente, ele participou da competição como preparação para a Taça Davis, juntamente com seu compatriota Wawrinka, que, aliás, está à sua frente no ranking individual (Federer, número 1 por vários anos, atualmente é o oitavo, enquanto Wawrinka é o terceiro).

Deu a lógica, portanto.

A Copa do Mundo vem aí. Vamos acompanhar mais pérolas da nossa imprensa...