domingo, 15 de setembro de 2013

No rumo certo!

Neymar x Bruno Alves - O talento venceu a violência
De virada, o Brasil venceu Portugal por 3 a 1, em Boston, nos Estados Unidos. Em uma semana, foram duas convincentes vitórias – três dias antes, a vítima foi a Austrália, goleada por 6 a 0 em Brasília – que dão a certeza de que estamos no caminho certo rumo ao grande desafio: vencer a Copa do Mundo de 2014.

O jogo foi duro, especialmente na violenta marcação a Neymar, perseguido durante todo o jogo pelo truculento zagueiro Bruno Alves, capitão luso, que contou com a conivência do jovem árbitro norte-americano Juan Guzman.

Logo aos 17 minutos de jogo, em falha do lateral Maicon, os portugueses abriram o placar, com Raul Meireles. Mas os brasileiros não se abateram e, ainda na primeira etapa, viraram o jogo, com dois belos gols – Thiago Silva, de cabeça, e Neymar, que entrou driblando vários adversários e deslocou o goleiro Rui Patrício. No segundo tempo, Jô fechou a conta, dando números finais à partida.

Felipão está cada vez mais perto de fechar o grupo para a Copa. Ramires, Bernard, Luiz Gustavo e Jô se firmam a cada jogo, enquanto Lucas e Maicon precisam mostrar algo mais para se garantir.


Em outubro serão mais dois amistosos, contra Coréia do Sul e Zâmbia. Como o Brasil não disputa as eliminatórias por ser o país-sede, esses jogos são o principal laboratório para a Copa, que começa daqui a nove meses. A estréia será dia 12 de junho, no Itaquerão. Além de São Paulo, Fortaleza e Brasília serão os palcos dos jogos do Brasil na primeira fase. 

domingo, 1 de setembro de 2013

Show!!


Lorenzo e Márquez - Batalha corpo a corpo

Fantástico! Emocionante!

Não há palavras para descrever a motovelocidade. Como esporte a motor, não há termo de comparação com outras categorias. Um campeonato em que o fator humano é, como nenhum outro, determinante.

Afinal, onde mais se pode ver uma chegada com dois pilotos, duas máquinas, lado a lado, literalmente colados – motos e corpos – disputando milimetricamente o espaço rumo à vitória? Nas curvas, cotovelos e joelhos tocam o asfalto, soltam faíscas e parecem uma extensão do equipamento.

Outra vantagem do mundial de motociclismo: em cada etapa, são três categorias, em sequência, no mesmo dia. Cada prova tem menos de uma hora de duração, a disputa é constante, não há pit stop e, em caso de necessidade (chuva, por exemplo), o piloto vai ao box e pega uma nova moto.  

Neste domingo, em Silverstone, tivemos uma das melhores corridas da história. E – nunca é demais lembrar – em 2014 os brasilienses poderão conferir de perto tudo isso.

No pódio, um piloto que acaba de se recuperar de uma clavícula quebrada (Jorge Lorenzo, uma espécie de Fernando Alonso das duas rodas), outro com o ombro deslocado (Marc Márquez, a formiga atômica, estreando na categoria principal, o novo menino-gênio), um terceiro que teria tudo para estar junto, mas que parece não ter a determinação dos grandes campeões (Dani Pedrosa, terceiro na prova, segundo no campeonato).

Na MotoGP, como em nenhum outro esporte, consegue-se identificar o temperamento de cada competidor. Dois são extremamente competitivos, Márquez e Lorenzo – um bicampeão do mundo, pressionadíssimo pelo equipamento inferior e pela ascensão do adversário que, mesmo perdendo a vitória nos últimos metros, mantém o sorriso, sem parecer se importar com o resultado. Num segundo plano, outro talento – Pedrosa – que parece não ter o “sangue nos olhos” dos grandes campeões. Mais atrás, Valentino Rossi, hepta-campeão, maior ídolo da história, que já não consegue acompanhar os ponteiros. Uma espécie de Schumacher bem-humorado.

No GP da Inglaterra, Márquez ultrapassou Lorenzo duas vezes nas voltas finais, mas o campeão do mundo – que preferiu preservar o tradicional 99 de sua moto, abrindo mão do número 1 reservado ao ganhador da última temporada – superou a desvantagem tecnológica de sua Yamaha (especialmente em relação ao câmbio) e chegou à frente das duas Honda.

Um show! A próxima corrida será no próximo dia 15, em San Marino. Emoção à vista!


Silverstone - Lorenzo quebra sequência de vitória de Márquez

Emoção em duas rodas!


Alex Barros, ídolo brasileiro na década passada. 
 
Confirmado! No segundo semestre de 2014, o Brasil volta ao calendário da MotoGP, uma espécie de Fórmula 1 das motocicletas. E será em Brasília!

Após dez anos de ausência, a motovelocidade retorna ao país, exatamente no momento em que surge um dos grandes fenômenos do esporte, um jovem espanhol de vinte anos que, em seu ano de estréia na categoria principal, já assombrou o mundo com cinco vitórias no campeonato, deixando para trás nomes como o italiano Valentino Rossi e os espanhóis Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa.

O novo mito se chama Marc Márquez, campeão da Moto 2 no ano passado, que ascendeu à categoria principal logo na melhor equipe do mundo: a Honda/Repsol.

Os brasilienses terão a oportunidade de conferir ao vivo a consolidação desse fenômeno e as emoções da motovelocidade. Sim, o autódromo Nelson Piquet está confirmado como palco de uma das duas provas do campeonato em território sulamericano – a outra é Buenos Aires.

Diversas cidades pleitearam o direito de sediar a prova: São Paulo, Goiânia e até a pequena Curvelo, em Minas Gerais. Mas Brasília chegou na frente. A partir de agora, há muito trabalho a ser feito em pouco mais de um ano, tanto na pista quanto na infraestrutura para o público.

Inaugurado no início da década de 70, o autódromo precisa urgentemente de melhorias. Na etapa candanga da Stock Car – principal categoria do automobilismo nacional – vários pilotos reclamaram das péssimas condições da pista. Recentemente, a piloto Vanessa Daya sofreu um grave acidente em uma corrida de motos e veio a falecer alguns dias depois. Mais uma vez, choveram críticas ao autódromo.  

Para quem não acompanha de perto a motovelocidade, o último representante do Brasil havia sido Alexandre Barros, que se aposentou há seis anos. Em 2012, no entanto, voltamos a ter brasileiro na disputa: o paulista Eric Granado, estreou na Moto 2, mas apenas no meio da temporada, ao completar dezesseis anos, idade mínima exigida pelo regulamento. Como os resultados não vieram, Eric desceu de categoria e este ano corre pela Moto 3, a categoria de entrada do mundial.

Para quem gosta de velocidade, a MotoGP é um prato cheio. Como espetáculo, supera em emoção e plasticidade a Fórmula 1 que, aliás, possivelmente não terá nenhum brasileiro no próximo ano, pois Felipe Massa está praticamente fora dos planos da Ferrari.

Por falar em Fórmula 1, Brasília já sediou uma corrida da principal categoria do automobilismo. Tudo bem que foi uma prova extra-cameponato, apenas 12 pilotos participaram (dos 25 que participavam do mundial, mais da metade não veio) e o evento foi uma “carona” que a ditadura militar pegou com o sucesso de Emerson Fittipaldi, campeão dois anos antes.

Voltando à motovelocidade, esta é mais uma grande notícia para nossa capital. Imediatamente após a realização da Copa do Mundo de Futebol, Brasília deverá se manter no centro das atenções do cenário esportivo internacional.