Sabine: o choro de uma vencedora |
A final feminina de Wimbledon
2013 foi uma verdadeira zebra: a francesinha-gênio (175 de QI, mais do que
Einstein!) Marion Bartoli contra a bela alemã Sabine Lisicki não estavam entre
as favoritas.
Bartoli, vice em 2007, 28 anos e
15ª na WTA, não teve tantas dificuldades para chegar à decisão. Apesar de parecer
meio fora de forma, superou com surpreendente tranquilidade suas adversárias –
todas com ranking inferior ao seu. Já a alemã, 24ª, não teve vida fácil:
eliminou, em sequência, nada menos que Samantha Stosur (14ª), Serena Williams
(1ª) e Agnieszka Radwanska (4ª), e por esse retrospecto era considerada favorita.
O que se viu, no entanto, foi o
contrário. Lisicki não conseguiu controlar o peso de sua primeira decisão de
Grand Slam aos 23 anos, e foi presa fácil para a francesa. Ao final, estava transtornada.
Inconsolável, parecia não acreditar que havia perdido. Quase não conseguia
pronunciar as palavras na entrevista após a partida. Chorava convulsivamente.
Se Sabine observasse o fato sob
outra ótica, quem sabe não estivesse até feliz. Num planeta com mais de sete bilhões
de pessoas, no qual mais da metade são mulheres, ela era a segunda naquilo que
se propôs a fazer. Ou seja, uma grande vitoriosa. Mas não é assim que as coisas
funcionam. Felizmente. Porque dessa forma é que superamos nossos limites, indo
cada vez mais longe.
Por motivos diferentes, as
lágrimas de Marion e Sabine regaram a grama da quadra central do All England's Club e esceveram mais um capítulo na secular história de Wimbledon.
Lisicki: Segunda entre bilhões |
Bartoli: Gênio! |