terça-feira, 11 de setembro de 2012

Go Murray!


Hoje estou aqui estreando esse espaço concedido pelo grande Sérgio Camelo para dar meus pitacos sobre esporte.

Para começar, quero compartilhar com vocês minhas impressões sobre a final do US Open 2012, vencida pelo britânico Andy Murray.

Quem acompanha tênis com freqüência sabe que um dos fatores decisivos para o jogo de qualquer tenista é a confiança que ele tem em seu jogo. Essa confiança – aliada aos treinos, é claro – faz com que o tenista assuma maiores riscos no jogo e parta mais para as linhas, ou seja, para as bolas mais anguladas ou profundas muito próximas das linhas que delimitam a área de jogo.

Dito isso, o tênis masculino hoje é dominado por aquilo que podemos chamar de Four de Ases: Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray. Dos quatro tenistas, apenas o escocês ainda não havia ganhado um grand slam. Murray, até o ano passado, sempre chegava às semifinais, mas sempre esbarrava em um dos outros três Ases e irremediavelmente perdia.

Pois hoje, ele finalmente venceu seu Grand Slam, o US Open, com uma vitória na final em cima de Novak Djokovic, em um jogo que teve duração de 4 horas e 53 minutos, uma verdadeira maratona de tênis.

Se analisarmos melhor, a vitória de Andy Murray começou com sua vitória nas olimpíadas de Londres, obtendo a medalha de ouro para seu país, numa decisão contra Roger Federer, que poucas semanas antes o derrotara na final de Wimbledon. O suíço estava atrás do único título de grande torneio que não havia ganhado em sua brilhante carreira.

Foi a partir dessa vitória que Murray começou a pensar: “Eu posso ganhar dos caras”. A confiança subiu e, quando isso acontece, essa força mental ajuda até no preparo físico. Tudo isso se refletiu no jogo de hoje contra Djokovic. Djokovic que tem a grande façanha de fazer o Nadal arquear os joelhos e demonstrar cansaço em vários jogos ultimamente.

Pois na final de hoje, quem arqueou os joelhos foi o sérvio, ao final do sétimo game do quinto set. Aliás, a nota negativa do jogo foi a vaia do público americano para Djokovic quando ele pediu atendimento médico, porque pensaram que estava querendo esfriar o jogo. Convenhamos, é muita estupidez alguém achar isso de um cara que joga quase 5 horas direto.

Murray venceu e agora entra para outro patamar dentro do four de ases. Se antes ele era o patinho feio dos quatro, agora é detentor de uma medalha de ouro e de um Grand Slam, além de ser o único com a façanha de ganhar as olimpíadas e o US Open logo na seqüência.

Como diz aquele ditado popular, depois que abriu a porteira, passa uma boiada. Talvez a porteira do Andy Murray tenha sido aberta com a medalha de ouro e agora o negócio é segurar o homem.

Marcelo de Souza Bastos
Assessor Máster de Inovação na Diretoria de Tecnologia do Banco do Brasil
Gosta de acompanhar qualquer esporte, desde bolinha de gude até jogos de inverno como o curling com suas vassourinhas

domingo, 9 de setembro de 2012

Massa, Serena!


Balanço do fim de semana:

Fórmula 1

Apesar de sua melhor colocação no ano, o patético Massa mais uma vez mostrou que ainda não se recuperou da parafusada do Rubinho de 2009. Pra variar, o patriotismo do nosso amado/odiado locutor global tentou justificar o injustificável. Dizer que o Alonso passou o Massa por conta de algum combinado da equipe é de uma bobagem sem tamanho. Felipe facilitou, claro, mas seria ultrapassado de qualquer jeito, pois já vinha sem pneu, muito mais lento. 

Meu xará Sérgio Perez, com sua Sauber, passou as duas Ferraris como se elas fossem meu enferrujado Fiat 147. Apesar de perder o segundo lugar, Alonso está cada vez mais próximo de seu terceiro título, o primeiro pela escuderia italiana.

Tênis

Até a final do US Open, a americana Serena Williams passeou em quadra. Quem viu seus jogos viu uma superioridade tão arrasadora que não deixava a menor dúvida quanto ao seu favoritismo no torneio.

E o primeiro set foi nesse ritmo. A bielorrussa – etimologicamente,  russa branca – Victoria Azarenka, número 1 do mundo, levou um baile da mais nova e talentosa das irmãs Williams, número 4 do ranking. Mas virou o segundo set, devolvendo a surra na mesma moeda (2/6, 6/2) e a decisão foi para o terceiro e duríssimo set. Parecia até que ia dar branco, mas deu negro na cabeça! Show, Serena!!!

Futebol

Pra fechar o domingo, o Atlético (MG) mostrou que somente o Fluminense pode segurar sua arrancada rumo ao título. O Galo precisa provar que não faz jus ao seu apelido de refrigerante de dois litros, aquele que até vai bem no início, mas depois perde o gás...

No sábado, um dos gols mais bizarros dos últimos tempos. Na série B, o bom goleiro Michel Alves havia acabado de fazer uma defesa tranqüila. Ao se levantar para repor a bola em jogo, largou-a bisonhamente dentro do próprio gol.

Vai ser azarenko assim lá em Criciúma!

E o Vasco, hein? Conforme previsto, segue em queda livre...

A propósito, Serena, em quadra, mostrou que está em forma... 

domingo, 2 de setembro de 2012

Os malas



Massa, Galvão e Prado
A Fórmula 1 atual realmente está ótima de assistir. Os pegas são freqüentes, o campeonato estaria muito equilibrado se o Alonso não fosse o monstro que é, e o Galvão Bueno está cada vez mais sem noção, na sua torcida pelo bisonho Massa.

Neste domingo, no GP da Bélgica, a última do narrador mais odiado do Brasil – mas que todo mundo adora ouvir. Ele passou a corrida inteira enaltecendo Massa, que largou em 14º. e ganhou várias posições, esquecendo que metade do grid se enroscou na largada e ficou de fora.

Galvão chegou ao cúmulo de dizer que a Ferrari está aguardando uma boa corrida de Felipe para renovar seu contrato para 2013, o que é uma sandice. Eu tenho tantas chances quanto o Massa de pilotar o carro vermelho na próxima temporada...

O brasileiro já está fora, não há a menor dúvida. Galvão está apenas tentando manter o interesse do público brasileiro no esporte. Somos muito passionais, e o fato de ter brasileiros na briga aumenta a audiência, pois não gostamos tanto de Fórmula 1 quanto parece. A grande maioria gosta, sim, de ver o Brasil ganhar, nem que seja em campeonato de palitinho.

Voltando ao antipático locutor global, durante as Olimpíadas de Londres, Galvão protagonizou, ao vivo, uma bizarra briga com seu colega Renato Maurício Prado. O episódio só não ganhou uma dimensão maior porque o pega foi no Sportv, visto que a Globo não detinha os direitos de transmissão do evento. Mesmo assim, milhares de manifestações de internautas pediram a saída dos dois chatonildos.

Mas sejamos isentos. Prado, que acabou demitido, nunca acrescentou nada às transmissões de qualquer esporte. É chato, desqualifica todo mundo e se acha o dono da verdade. Galvão é tudo isso, mas sem dúvida tem suas qualidades, apesar de não querermos admitir isso. É muito articulado, conhece bastante e transmite muita emoção nas suas narrações. Agora, como dá bom dia a cavalo, acaba falando muita besteira, além de ser extremamente vaidoso.

É aquela coisa, se comprarmos o passe do Galvão pelo que ele vale e vendermos pelo que ele acha que vale, ficaremos riquíssimos... Quanto ao Massa, talvez fosse interessante disputar um campeonato particular com o Rubinho. Entre os dois, fico com o segundo. Ambos nunca andaram nada, foram produto da mídia, mas Barrichello pelo menos é reconhecidamente um bom acertador de carros, e foi isso que o segurou por tantos anos na Fórmula 1...