domingo, 29 de julho de 2012

Começaram os Jogos!


Nesses primeiros dias, só se fala em Olimpíadas, principalmente nas redes sociais. Vamos dar uma rápida passada em alguns dos esportes mais badalados.

Começamos, claro, pela nossa raçuda e dourada piauiense Sarah Menezes. Como ela própria falou, foram várias lutas difíceis, menos a final. Se não acabasse logo, a coitada da romena iria acabar sem um braço, e quando soou o gongo, Sarah estava próxima de uma guilhotina. Mais parecia UFC! Eita piauiense arretada!

Ainda no judô, Kitadai trocou um dente por um bronze. Bom negócio! Mas o day after do esporte foi péssimo. Neste domingo perdemos tudo!

E a natação também já nos deu uma medalha, prata para Thiago Pereira, à frente do mito Phelps. 

Por algumas horas, o Brasil chegou a liderar o quadro geral de medalhas, fato inédito, que talvez nunca mais se repita na história dos jogos.

Basquete: no masculino, vitória difícil sobre o mediano time da Austrália. A seleção brasileira é muito boa, tem astro da NBA, norte-americano naturalizado, mas o grande maestro joga na Europa: Marcelinho Huertas. Talvez dê pra disputar um bronze.

O vôlei de quadra vai enfrentar muitas dificuldades. Tanto o masculino quanto o feminino, medalhistas nas últimas décadas, estão muito mal das pernas. É capaz do Bernanrdinho ter um ataque cardíaco na beira da quadra... Mas o vôlei de praia vai brigar por medalha, com certeza! E são quatro duplas de primeiríssimo nível.

No futebol, Marta e Neymar podem levar o Brasil pras cabeças, mas não será surpresa se ficarem pelo caminho, muito embora, principalmente no masculino, não tenha nenhum bicho-papão. A Espanha, inclusive, já estreou com derrota.  

Na ginástica, os irmãos Diego e Daniele Hypólito já fizeram exibições dignas daquele quadro “bola murcha”. Mas isso não é exatamente uma novidade...

No mais, vitória no handebol e no boxe, derrota no basquete feminino, vitória apertada no vôlei feminino, e continuamos muito longe de sermos uma potência olímpica. Ainda bem que esse ano não temos o Galvão Bueno para tentar nos vender essa imagem...

E pra encerrar, dá-lhe, Piauí!!! Valeu, Sarah!!!

domingo, 22 de julho de 2012

Barão x Neymar



Não sou exatamente um fã do MMA, mas, como acompanho tudo o que é esporte, tenho uma visão geral da modalidade. 

Neste sábado, o Brasil ganhou mais um título, ainda que meia-boca, visto que o campeão oficial da categoria está no estaleiro.

Bem antes de chegar à disputa do título, eu já comentava com meu sobrinho Bruno – lutador amador – que Renan Barão era o meu preferido do UFC, pela seriedade, pela humildade, pelo foco.

Sem entrar no mérito da legitimidade do MMA como esporte, o que me chama a atenção é a seriedade com que o potiguar Barão, além de Cigano e José Aldo – vou deixar o Spider de fora,  pois ele anda mais preocupado com o marketing nesse momento – encaram sua profissão, ao contrário, por exemplo, dos atuais astros do futebol brasileiro, que parecem mais preocupados com seus contratos, com os cortes de cabelo que irão utilizar nas partidas, com as dancinhas de comemoração dos gols,.

Se compararmos a maturidade que os boleiros de hoje têm com nossos comandantes de décadas passadas, como Gérson, Tostão, Zico ou Falcão, podemos ter uma medida do estágio atual do nosso futebol. Acredito que vamos ter uma grande decepção em 2014 e até nas copas seguintes, se não mudarmos essa mentalidade.

O destaque que os atletas brasileiros vêm obtendo no MMA, no vôlei, na natação e em alguns outros esportes, passa não só pelo talento e pela preparação física, mas também pela questão do amadurecimento emocional de nossos atletas.

Aproveitando o post, há alguns dias, num voo Brasília/Fortaleza, havia um grupo de rapazes – “pela-porcos” como diria meu sobrinho Igor – caminhando pelos corredores do avião, fazendo algazarra e simulando lutas. Nada exagerado, foi até divertido.

No desembarque do aeroporto Pinto Martins, um casal pediu para tirar foto com um deles. Fiquei curioso e perguntei depois quem era o “famoso”. O casal disse apenas que “é um caba do Quixadá que foi campeão na Globo”.

Vim saber depois que o "caba" em questão era Rony Mariano Bezerra, ou Rony Jason, que venceu o também cearense Pepey no UFC 147, tornando-se o novo empregado de Dana White. Jason já tem uma qualidade indiscutítvel, seu time do coração...

Enquanto conversávamos, o filhinho do casal, de uns oito anos, chegou correndo e perguntou: “pai, esse aí é famoso também?”

Até me deu vontade de inventar alguma historinha, mas estava atrasado para o casamento do meu sobrinho...      

terça-feira, 17 de julho de 2012

Fazendo a diferença


Final da Libertadores: Corinthians x Boca Juniors. O jogo está difícil e o técnico Tite aquece seu talismã, o badalado Romarinho, que salvar a equipe em La Bobonera uma semana antes.

De repente, Emerson faz dois gols e o jogo se resolve.

Romarinho volta pro banco e o comandante promove, então, três outras alterações. Entram Douglas, Wallace e Liedson. Qual a razão dessa mudança por atacado? Em relação ao jogo em si, ela é praticamente inócua, o título está garantido. O Boca está entregue e parece “contagiado” pela preguiça ancestral do decadente craque Román Riquelme.  

O verdadeiro significado das subsituições é bem mais sutil, e vem da administração: chama-se Gestão de Pessoas. Tite exercitou ali uma de suas maiores qualidades, senão a principal: a preocupação com o grupo, colocando em jogo atletas em baixa na equipe, como uma forma de valorizá-los. Se pudesse, com certeza teria colocado em campo ainda o goleiro Júlio Cesar, ex-titular barrado após o fatídico jogo de quartas-de-final do paulistão, quando entregou o ouro contra a Ponte Preta e foi execrado por todos.

No momento atual do futebol brasileiro, essa preocupação com a motivação, com o equilíbrio do elenco e com o gerenciamento de vaidades é tão ou mais importante do que treinos táticos e técnicos, e é o que vem fazendo Tite se sobressair em relação aos Felipões e Leões da vida, mestres em desqualificar seus pupilos em público.

Esses detalhes têm sido fundamentais para tornar o Corínthians um time vencedor. Mesmo Emerson Sheik, um dos jogadores mais problemáticos do Brasil, não tem dado trabalho ao chefe. Sheik que foi praticamente expulso do Fluminense por brigar com Fred e cantar o “Bonde do Mengão” dentro do ônibus tricolor.

Apesar de todo esse mérito, dificilmente o Corínthians terá fôlego para brigar pelo título brasileiro – que,  pelo andar da carruagem, deve ficar entre Atlético (MG), Fluminense e Internacional – até porque estará com suas atenções voltadas o mundial de clubes. 
Se não aparecer nenhum Mazembe pelo caminho, a lógica aponta para uma final contra o Chelsea, que acaba de se reforçar com o ex-colorado Oscar.