sábado, 21 de dezembro de 2013

Mundial de Clubes – Le rêve est fini

Comemoração do goleiro Kidiaba, do Mazembe – Imagem emblemática da derrocada brasileira (Foto Hassan Ammar, AP)
O título da matéria corresponde a “o sonho acabou” em francês, a língua mais falada no Marrocos. O idioma oficial do país é o árabe, mas الحلم هو أكثر ficaria meio estranho...

O Galo caiu na real. E, com ele, todos os brasileiros, independentemente da paixão clubística. Infelizmente, o Atlético (MG) está muito mais pra Guangzhou e Raja Casablanca do que pra Bayern e Real Madrid, apesar do ufanismo da imprensa esportiva brasileira. Há algumas décadas, o futebol europeu tem dominado completamente o mundial de clubes.

Nem sempre, claro, isso se refletiu em resultado. Afinal, da década de 80 pra cá, houve vários títulos de equipes sulamericanas, em sua maioria brasileiras. Assim é que São Paulo (1992, 1993 e 2005), Corínthians (2012 e 2000, este questionado, pois ocorreu em um torneio paralelo ao tradicional mata-mata Europa x América do Sul, quando o Boca venceu o Real Madri em Tóquio), Flamengo (1981), Grêmio (1983) e Internacional (2006) repetiram o feito do Santos, campeão em 1962 e 1963.

Mas, de todos esses títulos, apenas um foi conquistado de forma incontestável: o do Flamengo em 1981, que massacrou o Liverpool por 3 a 0, gols de Nunes (2) e Adílio – por mais que os anti-rubronegros não gostem.

De lá pra cá, foi só sufoco. Aliás, desde 2005, quando foi oficializada a disputa com todos os campeões continentais, as equipes sul-americanas não tiveram moleza nem mesmo nas semifinais, penando para superar times inexpressivos no cenário mundial.

Em 2005, o São Paulo suou para derrotar o Al-Ittihad (Arábia Saudita) por 3 a 2; no ano seguinte, o vexame maior: o Mazembe, equipe da inexpressiva República Democrática do Congo, derrotou o Internacional por 2 a 0, sendo facilmente batido pela Inter de Milão por 3 a 0 na final; no ano passado, mais sufoco: Corínthians 1 a 0 no Al-Ahli (Egito).

Este ano, o Raja Casablanca foi o Mazembe do Atlético (MG). O campeão marroquino não era nem mesmo o representante africano. O campeão do continente foi o egípcio Al-Ahli, de participação pífia no mundial, perdendo para os chineses do Guangzhou por 2 a 0 e para os mexicanos do Monterrey por 5 a 1.

O Raja era a equipe da casa, o sétimo participante do torneio, um “puxadinho” instituído em 2007 pela Fifa para minimizar o fracasso de público de anos anteriores. Seus torcedores tiveram que viajar cerca de 250 km - distância entre Casablanca e Marrakesh – para torcer.

Os marroquinos venceram, nas oitavas (que também poderiam ser chamadas de pré-mundial), o Auckland City, da Nova Zelândia, por 2 a 1. Nas quartas, mesmo placar contra o Monterrey do México, só que agora na prorrogação. O Galo foi, portanto, o adversário mais tranquilo do Raja Casablanca, que venceu os mineiros por 3 a 1. Na final, massacre total do Bayern, o "Barcelona alemão", que assimilou à risca o estilo de Pep Guardiola. O placar de 2 a 0 não espelhou a imensa superioridade dos bávaros.

No Atlético, Cuca está de saída, substituído por Paulo Autuori para 2014, que tentará reerguer a equipe após um 2013 cheio de altos e baixos. Até a primeira fase da Libertadores, o Galo atropelou. Depois, contou com muita sorte para avançar contra o Tijuana (México), Newells Old Boys (Argentina), Olímpia (Paraguai) e conquistar a América.

No brasileirão, a recuperação só veio no final, período que coincidiu com a contusão de R10. Talvez nem seja tão coincidência assim. Apesar do talento inegável, com Ronaldinho Gaúcho em campo, todos os lances da equipe passam obrigatoriamente pelo meia, que já não tem o vigor de outros tempos, o que acaba tirando a velocidade na transição da defesa para o ataque.

R10, aliás, foi o grande derrotado do mundial: fez dois belos gols de falta, um em cada jogo, mas em nenhum momento fez jus à fama. Na disputa do terceiro lugar contra os chineses do Guangzhou (vitória do Galo por 3 a 2), Ronaldinho estava visivelmente desequilibrado e foi expulso por agressão, enterrando de vez sua última esperança de se mostrar aos olhos de Felipão e disputar a Copa de 2014.
R10 - última chance desperdiçada

sábado, 7 de dezembro de 2013

Foi dada a partida!

Brazuca: a bola da Copa vai rolar em junho

Agora a Copa começou de verdade!

Grupos definidos, é hora de fazer os famosos prognósticos, cruzamentos, enfim, traçar o possível caminho da nossa seleção até a esperada final, dia 13 de julho, no Maracanã, um dos maiores palcos do futebol mundial.

Como era de se esperar, os grupos ficaram bem desequilibrados, principalmente em função da definição dos cabeças-de-chave Bélgica, Suíca e Colômbia, em detrimento de potências como Itália, Inglaterra e França.

Aparentemente, o Brasil foi favorecido, pois não pegou nenhuma grande força. Croácia, México e Camarões não são "galinhas-mortas", mas também estão longe de pertencer à elite do futebol mundial. O México é quem tem maior tradição, mas não podemos esquecer que sua classificação ocorreu apenas na repescagem, pois as vagas diretas da Concacaf foram conquistadas por Estados Unidos, Costa Rica e Honduras.

Mas o “aparentemente” fica por conta do que vem pela frente. O cruzamento do Grupo A nas Oitavas de Final deverá ser com os gigantes europeus Espanha e Holanda, finalistas da última Copa. A não ser que o Chile resolva surpreender.

Quem se deu bem, de verdade, foi a Argentina: um grupo fraco com Bósnia, Irã e Nigéria, depois Suíça e Bélgica até uma provável semifinal com a Espanha. Além disso, o último jogo da primeira fase dos Hermanos será “em casa”. Porto Alegre deverá ser invadida pelos argentinos no dia 25/06, para o jogo contra a Nigéria.

Voltando ao Brasil, um caminho possível rumo ao hexa seria:
  • Primeira fase (jogos já confirmados):
    • Brasil x Croácia, dia 12/06, no Itaquerão (caso fique pronto!);
    • Brasil x México, dia 17/06, no Castelão;
    • Brasil x Camarões, dia 23/06, no Mané Garrincha
  • Oitavas de Final: Brasil x Holanda, dia 28/06, no Mineirão;
  • Quartas de Final: Brasil x Inglaterra, dia 04/07, no Castelão;
  • Semifinal: Brasil x Alemanha, dia 08/07, no Mineirão;
  • Final: Brasil x Argentina, dia 13/07, no Maracanã.

Caso Brasil, Espanha, Itália, Argentina e Alemanha passem em primeiro em seus grupos, o Brasil só pegaria a Alemanha na semifinal, e Espanha, Argentina e Itália na final.

Definida a tabela da primeira fase, a Fifa disponibiliza nova venda de ingressos para os jogos. Como a procura certamente será maior que a oferta, haverá um sorteio para definir os felizardos que irão assistir ao vivo o espetáculo da segunda Copa do Mundo realizada no Brasil. 

Será uma loteria, até porque a capacidade da maioria dos estádios foi reduzida, de forma a adequar-se ao "Padrão Fifa". A exceção foi o Mané Garrincha. O Maracanã, que já foi o maior do mundo, atualmente é apenas o 31o. Confira a capacidade dos maiores estádios da Copa 2014:

  • Maracanã (RJ): 76.804 (já chegou a 200.000)
  • Estádio Nacional (DF): 72.788 (era 45.200)
  • Castelão (CE): 66.700 (já foi 120.000)
  • Mineirão (MG): 65.960 (já foi 130.000)
Rungrado May Day: maior estádio do mundo, símbolo do regime comunista da Coréia do Norte


Um link interessante link para acompanhar a tabela completa da Copa é http://copadomundo.uol.com.br/tabela-da-copa/calendario-de-jogos/


domingo, 1 de dezembro de 2013

Novamente no topo!

FIBA/Divulgação
O Uniceub/BRB/Brasília começou a temporada 2013/2014 com o pé direito. Nesta sexta, em Montevidéu, a equipe do Distrito Federal sagrou-se campeã da Liga Sul-Americana, ao vencer os donos da casa – o Atlético Aguada – por 93 a 81.

O título foi incontestável: o Brasília sofreu apenas uma derrota - na fase semifinal - e venceu os finalistas Aguada (URU) e Boca Juniors (ARG) duas vezes cada. 
Goree, Giovanonni, Osimani e Hernández

Para completar a festa, Guilherme Giovanonni foi eleito o MVP da competição. Nas finais, o UniCeub/BRB/Brasília não contou com seu maior astro, o ala Alex Garcia, contundido, mas dois estrangeiros compensaram, com sobras, sua ausência: o pivô americano Marcus Goree e o armador uruguaio Martín Osimani tiveram grande atuação. 

A decisão foi no caldeirão do Ginásio Palácio Peñarol, a casa do Aguada, cujo destaque é o armador García-Morales. Foi a primeira vez que uma equipe fora do eixo Brasil/Argentina chegou à final. 

O título teve direito a carreata em carro aberto no domingo, 01/12, no Plano Piloto. 

Um exagero. Afinal, o Brasília tem títulos mais relevantes, e a Liga Sul-Americana é uma espécie de “segunda divisão” do continente. Tanto que Flamengo, Uberlândia e São José, finalistas do NBB 2012/2013 nem participaram, pois irão jogar a Liga das Américas, esta, sim, a “Libertadores” do basquete, para a qual o Brasília também se classificou, após a conquista do sulamericano. 

O Brasília agora é bicampeão do torneio, igualando a marca do Vasco da Gama, que ganhou em 1999 e 2000. Brasil e Argentina são os únicos vencedores das dezoito edições da Liga.

Confira a relação dos campeões: 
  • Atenas de Córdoba (ARG) – 3 títulos (1997, 1998 e 2004)
  • UniCeub/BRB/Brasília (BRA) – 2 títulos (2010 e 2013)
  • Vasco da Gama (BRA) – 2 títulos (1999 e 2000)
  • Libertád Sunchales (ARG) e Regatas Corrientes (ARG) – 2 títulos
  • Flamengo (BRA), Uberlândia (BRA), Quimsa (ARG), Olimpia (ARG), Ben Hur (ARG), Estudiantes Olavarría (ARG) e Obras Sanitarias (ARG) – 1 título

Campanha em 2013:
  • Primeira fase (Brasília):
    • Brasília 146 x 62 Atletico Nacional (BOL)
    • Brasília   95 x 79 Comunikt (EQU)
    • Brasília   69 x 61 Boca Juniors (ARG) 
  • Semifinal (Montevidéu)
    • Brasília 88 x 61 Peñarol de Mar del Plata (ARG)
    • Brasília 68 x 79 Argentino de Junín (ARG)
    • Brasília 88 x 83 Atletico Aguada (URU)
  • Final Four (Montevidéu)
    • Brasília 81 x 69 Boca Juniors (ARG)
    • Brasília 93 x 81 Atletico Aguada (URU) 

Classificação:

1º. UniCeub/BRB/Brasília
2º. Aguada
3º. Bauru
4º. Boca Juniors  

Foi a primeira conquista brasiliense após a contratação do campeoníssimo treinador argentino Sérgio Hernández, o “Ovelha”. Certeza de que vem mais por aí...