No dia em que o Brasil perdeu a
final do vôlei masculino para a Rússia, Bernardinho declara que vai repensar se
continua na seleção no próximo ciclo olímpico, e que Bruninho pesará em sua
decisão.
Pesará pra que lado? Ele não
disse.
Emblematicamente, esse domingo é
o dia dos pais. Digo isso exatamente porque essa declaração de Bernardinho está
relacionada à polêmica que o fato de ser pai do levantador da seleção provoca.
Bruninho está sempre sob
suspeita. Quando Ricardinho retornou à seleção, o cortado foi Marlon, e ele
saiu atirando, dizendo que sabia ser ele o “guilhotinado”. Ricardinho retornou,
mas ficou no banco a maioria das vezes, e mais uma vez deu tititi.
Ora, quem conhece minimamente vôlei
e acompanhou o grupo nos últimos meses sabia que Bruno estava numa fase claramente
superior a Marlon. Quanto a Ricardinho, fez uma excelente super-liga – embora até
inferior a William, levantador do campeão Cruzeiro – mas na seleção não rendeu
o esperado.
Ou seja, Bruno é o levantador brasileiro
mais completo da atualidade, mas está sempre na berlinda, por ser o “filhinho
do papai”. E Bernardinho, inteligente como é, talvez ache melhor sair do
caminho para não embaçar a carreira do filho.
Lanço aqui uma idéia: porque não “destrocar” o que foi feito há alguns anos, devolvendo Zé Roberto pro masculino e Bernardinho pro feminino?