sábado, 21 de dezembro de 2013

Mundial de Clubes – Le rêve est fini

Comemoração do goleiro Kidiaba, do Mazembe – Imagem emblemática da derrocada brasileira (Foto Hassan Ammar, AP)
O título da matéria corresponde a “o sonho acabou” em francês, a língua mais falada no Marrocos. O idioma oficial do país é o árabe, mas الحلم هو أكثر ficaria meio estranho...

O Galo caiu na real. E, com ele, todos os brasileiros, independentemente da paixão clubística. Infelizmente, o Atlético (MG) está muito mais pra Guangzhou e Raja Casablanca do que pra Bayern e Real Madrid, apesar do ufanismo da imprensa esportiva brasileira. Há algumas décadas, o futebol europeu tem dominado completamente o mundial de clubes.

Nem sempre, claro, isso se refletiu em resultado. Afinal, da década de 80 pra cá, houve vários títulos de equipes sulamericanas, em sua maioria brasileiras. Assim é que São Paulo (1992, 1993 e 2005), Corínthians (2012 e 2000, este questionado, pois ocorreu em um torneio paralelo ao tradicional mata-mata Europa x América do Sul, quando o Boca venceu o Real Madri em Tóquio), Flamengo (1981), Grêmio (1983) e Internacional (2006) repetiram o feito do Santos, campeão em 1962 e 1963.

Mas, de todos esses títulos, apenas um foi conquistado de forma incontestável: o do Flamengo em 1981, que massacrou o Liverpool por 3 a 0, gols de Nunes (2) e Adílio – por mais que os anti-rubronegros não gostem.

De lá pra cá, foi só sufoco. Aliás, desde 2005, quando foi oficializada a disputa com todos os campeões continentais, as equipes sul-americanas não tiveram moleza nem mesmo nas semifinais, penando para superar times inexpressivos no cenário mundial.

Em 2005, o São Paulo suou para derrotar o Al-Ittihad (Arábia Saudita) por 3 a 2; no ano seguinte, o vexame maior: o Mazembe, equipe da inexpressiva República Democrática do Congo, derrotou o Internacional por 2 a 0, sendo facilmente batido pela Inter de Milão por 3 a 0 na final; no ano passado, mais sufoco: Corínthians 1 a 0 no Al-Ahli (Egito).

Este ano, o Raja Casablanca foi o Mazembe do Atlético (MG). O campeão marroquino não era nem mesmo o representante africano. O campeão do continente foi o egípcio Al-Ahli, de participação pífia no mundial, perdendo para os chineses do Guangzhou por 2 a 0 e para os mexicanos do Monterrey por 5 a 1.

O Raja era a equipe da casa, o sétimo participante do torneio, um “puxadinho” instituído em 2007 pela Fifa para minimizar o fracasso de público de anos anteriores. Seus torcedores tiveram que viajar cerca de 250 km - distância entre Casablanca e Marrakesh – para torcer.

Os marroquinos venceram, nas oitavas (que também poderiam ser chamadas de pré-mundial), o Auckland City, da Nova Zelândia, por 2 a 1. Nas quartas, mesmo placar contra o Monterrey do México, só que agora na prorrogação. O Galo foi, portanto, o adversário mais tranquilo do Raja Casablanca, que venceu os mineiros por 3 a 1. Na final, massacre total do Bayern, o "Barcelona alemão", que assimilou à risca o estilo de Pep Guardiola. O placar de 2 a 0 não espelhou a imensa superioridade dos bávaros.

No Atlético, Cuca está de saída, substituído por Paulo Autuori para 2014, que tentará reerguer a equipe após um 2013 cheio de altos e baixos. Até a primeira fase da Libertadores, o Galo atropelou. Depois, contou com muita sorte para avançar contra o Tijuana (México), Newells Old Boys (Argentina), Olímpia (Paraguai) e conquistar a América.

No brasileirão, a recuperação só veio no final, período que coincidiu com a contusão de R10. Talvez nem seja tão coincidência assim. Apesar do talento inegável, com Ronaldinho Gaúcho em campo, todos os lances da equipe passam obrigatoriamente pelo meia, que já não tem o vigor de outros tempos, o que acaba tirando a velocidade na transição da defesa para o ataque.

R10, aliás, foi o grande derrotado do mundial: fez dois belos gols de falta, um em cada jogo, mas em nenhum momento fez jus à fama. Na disputa do terceiro lugar contra os chineses do Guangzhou (vitória do Galo por 3 a 2), Ronaldinho estava visivelmente desequilibrado e foi expulso por agressão, enterrando de vez sua última esperança de se mostrar aos olhos de Felipão e disputar a Copa de 2014.
R10 - última chance desperdiçada

sábado, 7 de dezembro de 2013

Foi dada a partida!

Brazuca: a bola da Copa vai rolar em junho

Agora a Copa começou de verdade!

Grupos definidos, é hora de fazer os famosos prognósticos, cruzamentos, enfim, traçar o possível caminho da nossa seleção até a esperada final, dia 13 de julho, no Maracanã, um dos maiores palcos do futebol mundial.

Como era de se esperar, os grupos ficaram bem desequilibrados, principalmente em função da definição dos cabeças-de-chave Bélgica, Suíca e Colômbia, em detrimento de potências como Itália, Inglaterra e França.

Aparentemente, o Brasil foi favorecido, pois não pegou nenhuma grande força. Croácia, México e Camarões não são "galinhas-mortas", mas também estão longe de pertencer à elite do futebol mundial. O México é quem tem maior tradição, mas não podemos esquecer que sua classificação ocorreu apenas na repescagem, pois as vagas diretas da Concacaf foram conquistadas por Estados Unidos, Costa Rica e Honduras.

Mas o “aparentemente” fica por conta do que vem pela frente. O cruzamento do Grupo A nas Oitavas de Final deverá ser com os gigantes europeus Espanha e Holanda, finalistas da última Copa. A não ser que o Chile resolva surpreender.

Quem se deu bem, de verdade, foi a Argentina: um grupo fraco com Bósnia, Irã e Nigéria, depois Suíça e Bélgica até uma provável semifinal com a Espanha. Além disso, o último jogo da primeira fase dos Hermanos será “em casa”. Porto Alegre deverá ser invadida pelos argentinos no dia 25/06, para o jogo contra a Nigéria.

Voltando ao Brasil, um caminho possível rumo ao hexa seria:
  • Primeira fase (jogos já confirmados):
    • Brasil x Croácia, dia 12/06, no Itaquerão (caso fique pronto!);
    • Brasil x México, dia 17/06, no Castelão;
    • Brasil x Camarões, dia 23/06, no Mané Garrincha
  • Oitavas de Final: Brasil x Holanda, dia 28/06, no Mineirão;
  • Quartas de Final: Brasil x Inglaterra, dia 04/07, no Castelão;
  • Semifinal: Brasil x Alemanha, dia 08/07, no Mineirão;
  • Final: Brasil x Argentina, dia 13/07, no Maracanã.

Caso Brasil, Espanha, Itália, Argentina e Alemanha passem em primeiro em seus grupos, o Brasil só pegaria a Alemanha na semifinal, e Espanha, Argentina e Itália na final.

Definida a tabela da primeira fase, a Fifa disponibiliza nova venda de ingressos para os jogos. Como a procura certamente será maior que a oferta, haverá um sorteio para definir os felizardos que irão assistir ao vivo o espetáculo da segunda Copa do Mundo realizada no Brasil. 

Será uma loteria, até porque a capacidade da maioria dos estádios foi reduzida, de forma a adequar-se ao "Padrão Fifa". A exceção foi o Mané Garrincha. O Maracanã, que já foi o maior do mundo, atualmente é apenas o 31o. Confira a capacidade dos maiores estádios da Copa 2014:

  • Maracanã (RJ): 76.804 (já chegou a 200.000)
  • Estádio Nacional (DF): 72.788 (era 45.200)
  • Castelão (CE): 66.700 (já foi 120.000)
  • Mineirão (MG): 65.960 (já foi 130.000)
Rungrado May Day: maior estádio do mundo, símbolo do regime comunista da Coréia do Norte


Um link interessante link para acompanhar a tabela completa da Copa é http://copadomundo.uol.com.br/tabela-da-copa/calendario-de-jogos/


domingo, 1 de dezembro de 2013

Novamente no topo!

FIBA/Divulgação
O Uniceub/BRB/Brasília começou a temporada 2013/2014 com o pé direito. Nesta sexta, em Montevidéu, a equipe do Distrito Federal sagrou-se campeã da Liga Sul-Americana, ao vencer os donos da casa – o Atlético Aguada – por 93 a 81.

O título foi incontestável: o Brasília sofreu apenas uma derrota - na fase semifinal - e venceu os finalistas Aguada (URU) e Boca Juniors (ARG) duas vezes cada. 
Goree, Giovanonni, Osimani e Hernández

Para completar a festa, Guilherme Giovanonni foi eleito o MVP da competição. Nas finais, o UniCeub/BRB/Brasília não contou com seu maior astro, o ala Alex Garcia, contundido, mas dois estrangeiros compensaram, com sobras, sua ausência: o pivô americano Marcus Goree e o armador uruguaio Martín Osimani tiveram grande atuação. 

A decisão foi no caldeirão do Ginásio Palácio Peñarol, a casa do Aguada, cujo destaque é o armador García-Morales. Foi a primeira vez que uma equipe fora do eixo Brasil/Argentina chegou à final. 

O título teve direito a carreata em carro aberto no domingo, 01/12, no Plano Piloto. 

Um exagero. Afinal, o Brasília tem títulos mais relevantes, e a Liga Sul-Americana é uma espécie de “segunda divisão” do continente. Tanto que Flamengo, Uberlândia e São José, finalistas do NBB 2012/2013 nem participaram, pois irão jogar a Liga das Américas, esta, sim, a “Libertadores” do basquete, para a qual o Brasília também se classificou, após a conquista do sulamericano. 

O Brasília agora é bicampeão do torneio, igualando a marca do Vasco da Gama, que ganhou em 1999 e 2000. Brasil e Argentina são os únicos vencedores das dezoito edições da Liga.

Confira a relação dos campeões: 
  • Atenas de Córdoba (ARG) – 3 títulos (1997, 1998 e 2004)
  • UniCeub/BRB/Brasília (BRA) – 2 títulos (2010 e 2013)
  • Vasco da Gama (BRA) – 2 títulos (1999 e 2000)
  • Libertád Sunchales (ARG) e Regatas Corrientes (ARG) – 2 títulos
  • Flamengo (BRA), Uberlândia (BRA), Quimsa (ARG), Olimpia (ARG), Ben Hur (ARG), Estudiantes Olavarría (ARG) e Obras Sanitarias (ARG) – 1 título

Campanha em 2013:
  • Primeira fase (Brasília):
    • Brasília 146 x 62 Atletico Nacional (BOL)
    • Brasília   95 x 79 Comunikt (EQU)
    • Brasília   69 x 61 Boca Juniors (ARG) 
  • Semifinal (Montevidéu)
    • Brasília 88 x 61 Peñarol de Mar del Plata (ARG)
    • Brasília 68 x 79 Argentino de Junín (ARG)
    • Brasília 88 x 83 Atletico Aguada (URU)
  • Final Four (Montevidéu)
    • Brasília 81 x 69 Boca Juniors (ARG)
    • Brasília 93 x 81 Atletico Aguada (URU) 

Classificação:

1º. UniCeub/BRB/Brasília
2º. Aguada
3º. Bauru
4º. Boca Juniors  

Foi a primeira conquista brasiliense após a contratação do campeoníssimo treinador argentino Sérgio Hernández, o “Ovelha”. Certeza de que vem mais por aí... 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

É campeão!


Hernane: mais uma vez, o artilheiro do novo Maracanã deixou sua marca
A torcida rubro-negra está em festa!

Nesta quarta, o Flamengo conquistou seu terceiro título da Copa do Brasil ao vencer o Atlético (PR) por 2 a 0, gols de Elias e Hernane, o artilheiro da competição. O empate de 0 a 0 já bastava, mas em nenhum momento o time se acomodou, sendo premiado com dois gols no final do jogo.

Com um elenco limitado, sem estrelas, parecia que o Flamengo teria um ano sem conquistas, principalmente após a goleada sofrida em casa para o próprio Atlético (PR) há dois meses. Naquele dia, em pleno Maracanã, o Fla abriu 2 a 0, tomou a virada, perdeu por 4 a 2 e o técnico Mano Menezes pediu o boné, alegando que “...não consegui passar para o grupo aquilo que penso sobre futebol”.

Sem dinheiro para um novo técnico de nome, o clube optou por uma solução caseira, o então auxiliar Jayme de Almeida.

Com seu jeito simples, Jayme uniu o elenco e a partir daí tudo mudou. Quando assumiu o time, sua maior preocupação era o risco de rebaixamento no brasileirão. O Flamengo – cuja maior estrela é o veteraníssimo Leo Moura - engrenou, livrou-se da queda com relativa tranquilidade e termina o ano garantido na Copa Libertadores do ano que vem.

Outra equipe que vem surpreendendo nesse final de temporada é a Ponte Preta. Praticamente rebaixada para a segunda divisão do brasileiro, a Macaca eliminou o São Paulo na semifinal da Copa Sulamericana (3 x 1 e 1 x 1) e chega pela primeira vez à final de um torneio continental.

No mesmo dia em que duas torcidas fizeram a festa, duas notícias tristes para o futebol brasileiro: morreu Nilton Santos, o maior lateral esquerdo da história, ídolo do Botafogo e bicampeão mundial nas Copas do Mundo de 1958 e 1962.


Em São Paulo, parte da estrutura metálica do Itaquerão – sede do primeiro jogo da Copa de 2014 – desabou e deixou dois operários mortos. Mais um incidente envolvendo o estádio que o Corínthians ganhou de presente, custou R$ 1 bilhão e ainda não foi concluído. 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Desfile de craques

Ibra - A grande ausência
A Copa do Mundo de 2014 tem garantida a presença da maioria dos craques do futebol mundial. Muitos já estavam lá, e as repescagens carimbaram o passaporte de mais alguns. Da relação dos 23 “semifinalistas” da Bola de Ouro 2013 da Fifa, os seguintes estarão no Brasil no ano que vem:

Messi (Argentina), Neymar e Thiago Silva (Brasil), Cavani e Suárez (Uruguai), Falcao Garcia (Colômbia), Iniesta e Xavi (Espanha), Cristiano Ronaldo (Portugal), Hazard (Bélgica), Pirlo (Itália), Robben e Van Persie (Holanda), Ribéry (França) e Yaya Touré (Costa do Marfim), além de meio time da Alemanha: Neuer, Lahm, Müller, Özil e Schweinsteiger.


Giggs - Novamente de fora
Mas algumas ausências serão muito sentidas: a revelação galesa Gareth Bale, 24 anos, contratação milionária do Real Madrid, já era previsto que iria ver a Copa pela TV. Sua seleção foi a penúltima colocada num dos grupos mais fracos das eliminatórias européias, que classificou Bélgica (direto) e Croácia (repescagem). Bale segue o exemplo do compatriota Ryan Giggs, astro do Manchester United, que está prestes a se aposentar e nunca foi a um mundial. Lewandowski (Polônia) é outro que ficou de fora.

Mas quem fará falta mesmo é Zlatan Ibrahimovic. A Suécia, país do temperamental craque do Paris Saint-Germain, levou muito azar no sorteio das eliminatórias. Na primeira fase, a seleção escandinava pegou a chave mais difícil, enfrentando nada a menos que a Alemanha, o bicho-papão do continente, que desde 1950, no Brasil, nunca mais ficou fora do mundial. No cruzamento da repescagem, a Suécia também se deu mal, enfrentando Portugal, do astro Cristiano Ronaldo, favorito para vencer a Bola de Ouro deste ano. E perdeu as duas partidas, 1 a 0 e 3 a 2.


Messi e CR7 - os grandes astros
De qualquer forma, o mundial de 2014 estará recheado de craques. Além dos já citados, nomes como o do marfinense Didier Drogba, do camaronês Samuel Eto’o, do uruguaio Forlán (melhor jogador da última Copa), do italiano Balotelli, dos ingleses Gerrard e Lampard e do espanhol Casillas também estarão no Brasil no ano que vem.

Há ainda brasileiros defendendo outras seleções: o sergipano Diego Costa (Atlético de Madri) é o mais polêmico, pelo fato de ter recusado o chamado de Felipão, optando por defender a Espanha, que tem ainda Thiago Alcântara, nascido na Itália, mas que tem nacionalidade brasileira. 

Mas a lista é grande: Pepe (alagoano, Portugal),  Feilhaber (carioca, Estados Unidos), Cássio (carioca, Austrália), Douglas (catarinense, Holanda), Eduardo da Silva (carioca, Croácia), Marcos González (carioca, Chile), Ígor (paulista, Bélgica); Sinha (potiguar, México), Tanaka (paulista, Japão), Aguirregaray (gaúcho, Uruguai), Thiago Mota (paulista, Itália), Cacau (paulista, Alemanha), e Edmar (paulista, Ucrânia). Alguns são nomes certos, outros estão na luta.

De qualquer forma, atração é o que não vai faltar na Copa de 2014, nem motivos para torcer. 

E faltam apenas sete meses...

domingo, 20 de outubro de 2013

Motovelocidade: um Show!


Lorenzo: corrida impecável
Definitivamente, a motovelocidade é um show!
 
Na madrugada deste domingo, 20 de outubro, na Austrália, mais uma corrida incrível e cheia de alternativas.

O antenúltimo grande prêmio da temporada ainda teve um componente insólito. Após os treinos classificatórios na pista de Phillip Island, o excessivo desgaste verificado nos compostos de pneus motivou a direção de prova a efetuar duas alterações na corrida, uma delas determinante para o seu resultado.

A quantidade de voltas foi reduzida de 26 para 19, e impôs-se um pitstop obrigatório até a metade da corrida. Aí entrou a estratégia das equipes. A Yamaha definiu a parada de Lorenzo uma volta antes do limite, e a Honda deixou para a última.

Propositalmente ou não, Lorenzo atrasou seu pit, até porque ele vinha numa batalha feroz com Márquez pela liderança. A Yamaha, portanto, parou no limite, e Márquez seguiu direto, parando somente na volta seguinte.

A direção de prova pareceu não ter percebido o equívoco, mas, após intensa pressão da Yamaha, deu bandeira preta para Márquez, que poderia ter se sagrado campeão na Austrália.

Final de prova, Lorenzo descontou 25 pontos sobre a “Formiga Atômica”, reduziu a diferença para 18 pontos e embolou o campeonato, faltando duas provas e 50 pontos em disputa. Pedrosa e Rossi, os companheiros de equipe de Lorenzo e Márquez, respectivamente, completaram o pódio, e ratificaram seu papel de coadjuvantes.

Emoção à vista para as duas últimas corridas: Japão, já no próximo domingo, 27, e Valencia, no dia 10 de novembro.

Lembrando que em 2014 os brasilienses terão a oportunidade de conferir ao vivo as emoções da motovelô, no Autódromo Nelson Piquet.

Imperdível!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Início Promissor


Goree - Cestinha da partida, o norte-americano mostrou serviço
O campeão voltou. Depois de uma temporada desastrosa, na qual perdeu tudo o que disputou, o UniCeub/BRB/Brasília tenta se reerguer. E começou muito bem!

O primeiro torneio oficial da temporada 2013/2014 é o sulamericano de clubes. O grupo A da primeira fase foi disputado na Capital Federal, nos dias 1, 2 e 3 de outubro. 

E o novo Brasília arrebentou! Foram três convincentes vitórias, o primeiro lugar do grupo e a classificação garantida para a fase semifinal, a ser disputada no início de novembro.

Os jogos foram todos na Asceb, na 904 Sul, a arena preferida da torcida candanga. No primeiro jogo, o Brasília massacrou o frágil Atlético Nacional, da Bolívia, por 146 a 62. No confronto seguinte, o Comunikt, do Equador, ofereceu mais resistência, mas também sucumbiu. Placar final, 95 a 79, com destaque para Alex Garcia.

Brasília e Boca Juniors já chegaram classificados à rodada final. No entanto, ninguém esperava um jogo fácil. Afinal, tratava-se de mais um Brasil x Argentina, tradicionais rivais, seja qual for o esporte.

Ao contrário do futebol, o Boca não é o bicho-papão dos Hermanos. O Athenas, de Córdoba, e o Peñarol, de Mar del Plata, têm dominado o “baloncesto” do país vizinho. De qualquer forma, o time é forte, e não estava disposto a facilitar as coisas para o Brasília.

O jogo foi duríssimo, com vários lances mais ríspidos, exigindo muito trabalho dos árbitros. A animadíssima torcida Lobo-Guará viu, então, uma nova postura do Brasília: uma defesa forte, marca registrada do campeoníssimo treinador argentino Sérgio Hernández, que, aliás, é torcedor do Boca.

Após sair atrás no marcador, o Brasília virou e controlou o placar até o final, com destaque, mais uma vez, para Alex, além do pivô norte-americano Marcus Goree, cestinha da partida. A vitória por 69 a 61 deu a certeza de que o tricampeão vem muito forte para brigar pelo título do NBB, atualmente em poder do Flamengo.  

Os amantes do basquete têm mais um grande espetáculo para acompanhar. Pinheiros-SP, campeão da Liga das Américas (o Brasília chegou em quarto), e Olympiacos, da Grécia, campeão europeu, decidem em duas partidas a Copa Intercontinental de Clubes. O canal fechado Fox Sports transmite as duas partidas, nos dias 4 e 6 de outubro.

domingo, 15 de setembro de 2013

No rumo certo!

Neymar x Bruno Alves - O talento venceu a violência
De virada, o Brasil venceu Portugal por 3 a 1, em Boston, nos Estados Unidos. Em uma semana, foram duas convincentes vitórias – três dias antes, a vítima foi a Austrália, goleada por 6 a 0 em Brasília – que dão a certeza de que estamos no caminho certo rumo ao grande desafio: vencer a Copa do Mundo de 2014.

O jogo foi duro, especialmente na violenta marcação a Neymar, perseguido durante todo o jogo pelo truculento zagueiro Bruno Alves, capitão luso, que contou com a conivência do jovem árbitro norte-americano Juan Guzman.

Logo aos 17 minutos de jogo, em falha do lateral Maicon, os portugueses abriram o placar, com Raul Meireles. Mas os brasileiros não se abateram e, ainda na primeira etapa, viraram o jogo, com dois belos gols – Thiago Silva, de cabeça, e Neymar, que entrou driblando vários adversários e deslocou o goleiro Rui Patrício. No segundo tempo, Jô fechou a conta, dando números finais à partida.

Felipão está cada vez mais perto de fechar o grupo para a Copa. Ramires, Bernard, Luiz Gustavo e Jô se firmam a cada jogo, enquanto Lucas e Maicon precisam mostrar algo mais para se garantir.


Em outubro serão mais dois amistosos, contra Coréia do Sul e Zâmbia. Como o Brasil não disputa as eliminatórias por ser o país-sede, esses jogos são o principal laboratório para a Copa, que começa daqui a nove meses. A estréia será dia 12 de junho, no Itaquerão. Além de São Paulo, Fortaleza e Brasília serão os palcos dos jogos do Brasil na primeira fase. 

domingo, 1 de setembro de 2013

Show!!


Lorenzo e Márquez - Batalha corpo a corpo

Fantástico! Emocionante!

Não há palavras para descrever a motovelocidade. Como esporte a motor, não há termo de comparação com outras categorias. Um campeonato em que o fator humano é, como nenhum outro, determinante.

Afinal, onde mais se pode ver uma chegada com dois pilotos, duas máquinas, lado a lado, literalmente colados – motos e corpos – disputando milimetricamente o espaço rumo à vitória? Nas curvas, cotovelos e joelhos tocam o asfalto, soltam faíscas e parecem uma extensão do equipamento.

Outra vantagem do mundial de motociclismo: em cada etapa, são três categorias, em sequência, no mesmo dia. Cada prova tem menos de uma hora de duração, a disputa é constante, não há pit stop e, em caso de necessidade (chuva, por exemplo), o piloto vai ao box e pega uma nova moto.  

Neste domingo, em Silverstone, tivemos uma das melhores corridas da história. E – nunca é demais lembrar – em 2014 os brasilienses poderão conferir de perto tudo isso.

No pódio, um piloto que acaba de se recuperar de uma clavícula quebrada (Jorge Lorenzo, uma espécie de Fernando Alonso das duas rodas), outro com o ombro deslocado (Marc Márquez, a formiga atômica, estreando na categoria principal, o novo menino-gênio), um terceiro que teria tudo para estar junto, mas que parece não ter a determinação dos grandes campeões (Dani Pedrosa, terceiro na prova, segundo no campeonato).

Na MotoGP, como em nenhum outro esporte, consegue-se identificar o temperamento de cada competidor. Dois são extremamente competitivos, Márquez e Lorenzo – um bicampeão do mundo, pressionadíssimo pelo equipamento inferior e pela ascensão do adversário que, mesmo perdendo a vitória nos últimos metros, mantém o sorriso, sem parecer se importar com o resultado. Num segundo plano, outro talento – Pedrosa – que parece não ter o “sangue nos olhos” dos grandes campeões. Mais atrás, Valentino Rossi, hepta-campeão, maior ídolo da história, que já não consegue acompanhar os ponteiros. Uma espécie de Schumacher bem-humorado.

No GP da Inglaterra, Márquez ultrapassou Lorenzo duas vezes nas voltas finais, mas o campeão do mundo – que preferiu preservar o tradicional 99 de sua moto, abrindo mão do número 1 reservado ao ganhador da última temporada – superou a desvantagem tecnológica de sua Yamaha (especialmente em relação ao câmbio) e chegou à frente das duas Honda.

Um show! A próxima corrida será no próximo dia 15, em San Marino. Emoção à vista!


Silverstone - Lorenzo quebra sequência de vitória de Márquez