Com a entressafra de esportes como o futebol, a F1 e a MotoGP, voltei minhas atenções para o basquete, que tem a vantagem de sempre ter grandes eventos aqui em Brasília, até pelo fato de contarmos com o grande papão de títulos do esporte nos últimos anos.
O
UniCEUB/BRB/Brasília é tricampeão brasileiro e seus jogos contra o grande rival
Flamengo são sempre de arrepiar!
Há
algumas semanas, no Ginásio da Asceb, assisti a um jogo bastante divertido e
descontraído, até porque o adversário do Brasília – o Amistad, da cidade
boliviana de Sucre – era a equipe mais fraca do grupo na primeira fase da liga
sulamericana (os brasilienses acabaram vice-campeões do torneio, atrás do
Regatas Corrientes da Argentina, a quem haviam vencido na primeira fase).
O
Brasília já abrira uns trinta pontos de frente, quando Julio Mendoza entrou em
quadra pelos bolivianos. O pequeno armador, de apenas 1,65m de altura, parecia um anão, brigando contra gigantes como Tischer, Alírio, e
Cipriano.
Foi só pegar na bola, Mendoza foi logo cravando uma cesta de três pontos. E outra. E mais
uma. Pronto: foi o suficiente para a galera ir ao delírio!
A torcida
do Brasília é apaixonada e barulhenta, e normalmente inferniza a vida dos
adversários. Mas aquela noite foi diferente. Mendoza não conseguiu virar o
jogo, mas foi adotado pela galera, e atraiu toda a simpatia dos presentes para si.
De repente, todo o ginásio gritava em uníssono:
E ai
de algum jogador candango que ousasse roubar a bola do camisa 1 boliviano. Era
vaia na certa.
Naquela noite de terça-feira, na 903 Sul, o tampinha boliviano teve sua noite de glória...