domingo, 17 de setembro de 2017

La Mano de Jô

Em 2010, durante a Copa da África, Luís Fabiano fez um gol contra a Costa do Marfim após dominar com o braço. Já naquela época, escrevi que teria sido um golaço se ele tivesse se acusado para o juiz, coisa que, obviamente, ele não fez.

Apesar de sermos os especialistas, picaretagem não é prerrogativa apenas de nós brasileiros. Na repescagem das eliminatórias europeias daquela mesma Copa, Henry protagonizou o episódio conhecido como Mão da Gália, ao dominar com o braço e dar o passe para o gol que classificaria a França para o mundial, eliminando a Irlanda.

E quem não lembra de La Mano de Dios de Dom Diego em 1986?

Neste domingo, mais um episódio da série “somos contra a corrupção ou apenas contra a corrupção que não nos beneficia?”.

R. Caio e Jô: Os opostos
Em abril, o zagueiro Rodrigo Caio causou polêmica ao informar ao árbitro do clássico São Paulo x Corínthians que ele se equivocara ao aplicar um cartão amarelo para o atacante alvinegro Jô.

O tricolor recebeu elogios, mas também foi criticado, inclusive por seu chefe Rogério Ceni, um pseudo-politicamente-correto, embora de forma velada.

Na ocasião, Jô foi à imprensa declarar que Rodrigo Caio teve “... atitude de homem”.

Pois bem. Eis que o ídolo corinthiano teve sua chance de demonstrar a mesma grandeza.

E falhou.

Ao fazer com o braço o gol que deu a vitória contra o Vasco, Jô declarou:

- Eu me joguei na bola. Não sei onde bateu.

Mentira.

Talvez, de cabeça fria e orientado por sua assessoria, o atacante pudesse ter se saído como algo como “não sei se quando toquei a mão na bola ela já estava dentro do gol”.

O árbitro de linha estava a uns três metros do lance e também não falou nada. Talvez possa alegar que sua visão estava encoberta pela trave.

Martín Silva, do Vasco e da seleção uruguaia, mostrou que além de bom goleiro também se sai bem com as palavras:

- Quem tem fair play briga pra não cair; quem não tem é campeão.


Um retrato do Brasil.      

domingo, 11 de junho de 2017

Tênis de Mesa - O fenômeno

O vídeo abaixo seria apenas mais uma disputa entre dois mesatenistas asiáticos de alto nível. Nada demais...

Se não fosse pelo fato de que o de preto/azul é o japonês Mizutani, medalha de bronze (no individual) e prata (por equipes) na Rio/2016, que perdeu para outro japinha, de apenas 13 anos (Harimoto, de vermelho). O melhor atleta brasileiro, Hugo Calderano, também já foi vítima do garoto.

O pequeno Jaspion é filho de chineses (disparadamente, a maior potência do esporte), e disputa torneios desde os 3 anos de idade. Um fenômeno!