terça-feira, 16 de abril de 2013

O Esporte em Segundo Plano



A morte do garoto boliviano Kevin Beltrán, atingido por um sinalizador durante um jogo do Corínthians pela Libertadores, há quase dois meses, até hoje repercute na mídia.

No último domingo, em Fortaleza, minutos antes do clássico Fortaleza x Ceará no belíssimo Castelão, primeiro estádio pronto para a Copa de 2014, dois mortos em mais uma estúpida briga de torcidas.

Nesta segunda, três vítimas fatais e 144 feridos em duas explosões durante a chegada da Maratona de Boston, uma das mais famosas do mundo. As consequências poderiam ter sido ainda maiores, pois uma outra bomba explodiu na biblioteca do Museu Kennedy e outras duas foram desarmadas pela polícia local. O incidente ultrapassou a esfera esportiva e tornou-se um assunto de segurança nacional para o presidente Barack Obama, criando-se no país um clima semelhante ao de onze anos atrás, após os atentados às torres gêmeas, em 2001.

Seja por questões políticas, religiosas, étnicas, irresponsabilidade do poder público ou apenas violência pura e simples, há momentos em em que o esporte é o que menos importa.

Em 1972, nas Olimpíadas de Munique, onze atletas israelenses foram assassinados por terroristas palestinos, no episódio conhecido como Setembro Negro.

Há um mês, a justiça egípcia julgou os responsáveis pela tragédia no estádio Port Said, que vitimou setenta e duas pessoas, um ano antes. Vinte e um foram condenados à morte por enforcamento e dezenove a prisão perpétua. O resultado causou uma onda de protestos e violência na capital Cairo, causando mais mortes.

A banalização da violência não é exclusividade do esporte, mas uma preocupação cada vez mais presente na sociedade atual.

No momento em que o Brasil se prepara para sediar os dois maiores eventos esportivos do planeta nos próximos anos – a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – faz-se necessário, mais do que nunca, uma atenção especial à segurança, para que o Brasil seja destaque apenas nas páginas esportivas.