Islândia: paisagens deslumbrantes e bom futebol |
Ceilândia, no Distrito Federal, tem
dois clubes de futebol: a Sociedade Esportiva Ceilandense e o Ceilândia Esporte
Clube. Você imaginaria essa cidade satélite formando um time competitivo apenas
com nascidos na cidade, e esse time chegando à Libertadores da América?
Pois bem, o feito da seleção
islandesa é equivalente a isso. Enquanto Ceilândia tem cerca de 400 mil
habitantes, o gelado país do norte europeu tem bem menos: 330 mil.
Essa minúscula nação vem
colecionando feitos no esporte: chegou à repescagem nas eliminatórias europeias
para a Copa de 2014 e classificou-se para a fase final da Euro 2016, chegando à
frente da Turquia e eliminando ninguém menos do que a poderosa Holanda.
Na França, a Islândia continua
surpreendendo. Na primeira fase, classificou-se em segundo na chave – à frente
de Portugal, do arrogante Cristiano Ronaldo, que desdenhou os islandeses após o
empate entre ambos – e, nesta segunda, surpreendeu o mundo, vencendo de virada
a poderosa Inglaterra, que viveu o seu segundo Brexit em poucos dias.
Um narrador da TV islandesa não
se conteve:
- Þú getur skilið Evrópu! Þú getur farið til helvítis þeir vilja!
Aos que não têm familiaridade com o idioma local, traduzo:
- Vocês
podem sair da Europa! Vocês podem ir para o inferno que quiserem!
É inevitável a comparação com o
Brasil. A CBF contabiliza exatos 28.203 jogadores profissionais no país; a
Islândia 100. Isso mesmo: 0,3%. Mas enquanto nossa seleção passa uma vergonha
atrás da outra, o país dos vulcões e das gigantescas geleiras assombra o mundo
com os resultados do seu futebol sem estrelas, mas muito eficiente.
Nas quartas de final, no Stade de
France, os anfitriões que se cuidem. A Islândia quer seguir fazendo história.
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